Masterchef

Queridinho da internet, Gerson celebra MasterChef: “Feliz por dar visibilidade à comunidade LGBTQ e às pessoas com +60 anos“

Stefani Sousa

Gerson mandou bem na primeira prova
Gerson mandou bem na primeira prova
Carlos Reinis/Band

Se você também sentiu a energia do cozinheiro amador Gerson, 60 anos, só de vê-lo pela TV, no MasterChef Brasil desta terça-feira, 8, junte-se ao clube. Jornalista, professor de teatro e história da arte, o paulista, nascido na Mooca, brilhou na cozinha do talent show e, por pouco, não levou para casa o nono troféu da temporada. Vencedor da 1ª prova com seu bolo de coco, Gerson disputou a vitória com Edson, mas, em entrevista ao Portal da Band, garantiu que seu maior prêmio foi poder compartilhar a  diversidade: “Estou muito feliz por dar visibilidade à comunidade LGBTQIA+ e às pessoas com mais de 60 anos”. 

Com quase meia década de experiência na gastronomia, o professor conta que aprendeu o básico com as mulheres de sua vida e com o pai. Hoje, cozinha para o marido, Fernando, com quem é casado há 20 anos e sonha em um dia poder empreender em um espaço pequeno, onde possa cozinhar para cerca de 20 pessoas algumas vezes por semana. Da cozinha do MasterChef, sai em paz com ele e com tudo. “Vim buscar um espaço para mostrar que pessoas de 60 anos são vitais, alegres, divertidas, corajosas e têm uma vida enorme pela frente. Um espaço para dizer que nós, pessoas LGBTQIA+, somos um grupo que precisa sim de representatividade. Pagamos imposto, temos direitos e deveres como todos”, diz. 

Apaixonado pela vida, pelas pessoas e pela arte, Gerson é fã do MasterChef e acredita que o programa ensinou o brasileiro a comer melhor.  Por isso, prepara a marmita foi inesquecível. “Achei genial o Edson fazer uma rabada em 1 hora, mas isso só é possível quando você tem 28 anos”, brinca. “Na minha idade, a gente vai pelo que é mais rápido e prático. Eu adorei, espero não ter prejudicado ninguém com a questão do tempo. Estou muito feliz.” 

Com o 2º lugar, o participante promete seguir comemorando. “Fui quase campeão, estou alegre e  achei extremamente especial viver essa experiência neste momento de mundo. Foi incrível poder encontrar com outras pessoas, mantendo, claro, o distanciamento social. Pra mim foi um presente porque estava há dias em casa e sair para cozinhar para 3 chefs tão importantes, foi inesquecível.”