Sempre simpatizei com a cozinha oriental, diz André
Chef de cozinha, que comandou restaurante japonês, revela que já fechou muito guioza na vida
Do Estadão Conteúdo - 7/10/2018 - 08:00 | Atualizado em 8/10/2018 - 22:35

"Eu sempre simpatizei com a cozinha oriental, desde o começo da minha carreira, por causa da filosofia. Eles respeitam muito ingrediente. Então, eu sempre estudei muito a cozinha asiática e, em 2016, eu tive a oportunidade de chefiar um restaurante japonês. Fiquei um ano e meio nele, estudando as bases e técnicas – clássicas e antigas – da cozinha japonesa quente", contou o curitibano em entrevista ao Portal da Band.
Segundo André, a punição imputada por Willian Peters, acabou mudando sua estratégia antes mesmo de saber qual seria o tema da prova. "Eu fiquei preocupado antes. Tive que pensar em trabalhar com coisas mais simples, mais rápidas e mais práticas. Mas eu estou bem centrado e bem focado. Então, 15 minutos a mais ou a menos não vão afetar o meu desempenho", afirmou.
"Eu não quis fazer nada com muitas técnicas de cocção. Com o guioza eu só tinha que me preocupar com picar a carne, temperar e rechear. Enquanto isso, o molho estava ali apurando. É uma receita que eu tenho muita prática porque, querendo ou não, é um dos aperitivos da cozinha quente japonesa que mais sai. Não dá nem para lembrar a quantidade de guioza que eu já fechei. Então, eu tenho muita prática", completou.
Elogiado pelos jurados, especialmente Jacquin, o curitibano disse que a sensação era de dever cumprido. "Entre todos os participantes, eu sou o que mais tem experiência com cozinha japonesa. Se eu fizesse feio, ia ficar feito para mim", disse aos risos. "Então, foi mais um sentimento de recompensa, até pelo fato de eu – na prova em grupo – ter abraçado uma ideia e ela ter saído ao contrário do que eu tinha imaginado", explicou.
Fazendo um mea culpa sobre o sanduíche de salame de chocolate, André chegou a mesma conclusão que o capitão do time azul, Willian. "Eu gostei, só que eu não estava cozinhando para mim, eu estava cozinhando para o público. A minha ideia de sobremesa não é açúcar, a minha ideia é para limpar o paladar. Por isso a gente resolveu utilizar ketchup, tomate", disse.
"Não é nem um pouco comum você utilizar tomate em uma sobremesa. Foi muito arriscado. Eu cozinhei para mim e o que eu aprendi com isso é que, em uma prova, eu estou cozinhando para os outros. É complexo, mas eu estou entendendo o jeito como as coisas funcionam no MasterChef Profissionais", finalizou.
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