Masterchef

Com 200 mil seguidores, Edson vence MasterChef e movimenta redes sociais: “Nunca tinha vencido uma competição"

Stefani Sousa

Edson vence nono episódio do MasterChef 2020
Edson vence nono episódio do MasterChef 2020
Carlos Reinis/Band

Quem acompanhou a trajetória do empresário Edson, 28 anos, no MasterChef Brasil desta terça-feira, 8, sabe que o participante chegou na cozinha nervoso e bastante emocionado, mas logo conseguiu mostrar seu talento em um elogiado bolo de limão com chocolate branco. Cozinhar na frente das câmeras, não é novidade para o catarinense, que compartilha receitas no Instagram com mais de 200 mil seguidores. Estar sendo avaliado, no entanto, não é seu forte e, por isso, precisou se concentrar para entregar a melhor marmita de sua vida na 2ª prova da noite. Depois de conquistar os chefs com seu arroz com rabada, feito em apenas 1 hora, Edson foi anunciado campeão e não segurou o entusiasmo: “Nunca tinha vencido uma competição na vida e isso significa muito pra mim”. 

Estar no MasterChef teve sabor especial para o empresário que começou a cozinhar ainda na infância, com o pai, Edson, que foi sua primeira inspiração na cozinha, mas faleceu há 2 anos. Hoje, casado com a influencer Amanda Domenico, com quem teve dois filhos (Rhavi, de 1 ano, e da Maya, de 1 mês), busca ser para a família tudo o que seu pai representou. A cozinha, claro, não poderia ficar de fora e, em casa, é ele quem comanda. “Minha esposa não cozinha mais nada porque eu não deixo”, conta aos risos em entrevista ao Portal da Band. “Meu filho já tem idade pra comer e comecei a fazer a introdução alimentar dele, tem sido muito legal e faço muita papinha gourmet”, completa. 

Foi justamente a relação com o filho e a esposa, na época grávida, que o motivou a se dedicar mais na cozinha. Compartilhando tudo nas redes sociais, logo, começaram a surgir pedidos de receitas e os seguidores passaram a sugerir uma inscrição no MasterChef. “Aos 16 ou 17 anos, pensei em cursar gastronomia, mas acabei entrando em uma faculdade de engenharia que nunca terminei. Trabalhei por muitos anos com venda de carros, mas sempre gostei de cozinhar. Com o tempo, porém, não fazia mais com tanto prazer e comia muito fora”, lamenta. 

“Na época, também perdi meu pai e isso me abalou muito. Minha esposa, que já trabalhava como influencer e tinha bastante visibilidade, começou a postar meus momentos na cozinha e fui recebendo apoio. Juntei o útil ao agradável e passei a trabalhar com ela e, em paralelo, postar algumas coisas. Acabo aprendendo muito e isso me ajudou a treinar para o programa.” 

Em casa, o cozinheiro amador adora improvisar e variar o cardápio. Sua maior alegria é receber o retorno de quem o acompanha. “É legal quando as pessoas postam as minhas receitas e sinto uma troca que não tem preço. É muita reciprocidade. Eu leio muitos livros de gastronomia e estudo bastante para fazer coisas novas. Amo churrasco, faço quase toda semana, mas tenho fases e vou mudando os pratos conforme a minha inspiração e o que tenho na geladeira”, conta.

“Entendo, claro, que hoje ocupo um lugar de privilégios”, reflete o influenciador. “Minha situação é favorável porque vivo em casa, que é onde eu trabalho. Muitos participantes têm outras profissões e batalham muito. Eu sempre tive uma vida boa, mas não foi uma vida dada, tive que me esforçar. Atualmente, minha classe social é privilegiada, mas isso é fruto de um trabalho que tem sido feito desde os meus 18 anos com luta e suor.”

Para o competidor, chegou o momento de se dedicar ao que lhe faz feliz e, por isso, a vitória no MasterChef Brasil é um divisor de águas. “É algo que mexe com a minha autoestima. Nunca fui bom nos esportes ou nos estudos, mas sempre fui bom de garfo. Quando criança, era gordinho e sofria muito bullying. Por causa disso, nunca olhei com mais generosidade para comer e agora sei que isso sempre me interessou”, celebra. Do MasterChef em diante, ele garante, terão ainda mais conteúdos no @edsoncozinha: “Vou continuar ensinando as pessoas com o que eu sei fazer. Pra mim, isso é terapia, hobbie e amor. Dedico esse prêmio a minha esposa, aos meus filhos, e, em memória, ao meu pai que foi, embora não tenha dado continuidade, quem começou a cozinhar comigo”.  Parabéns, Edson!