“Foi muito bonito” diz Paola Carosella sobre prato de arroz, feijão e fígado ganhar estreia

Nesta terça-feira, dia 14, o País conheceu o primeiro MasterChef 2020 da temporada, e o prato que consagrou Hailton como vencedor da estreia não poderia ser mais brasileiro: arroz, feijão, bife de fígado e salada de repolho. Paola Carosella se emocionou com a comida do paulista, de 28 anos, morador da Brasilândia, bairro periférico de São Paulo.

“Pra gente, foi muito bonito se emocionar tanto com a comida dele. O que queremos aqui é comida boa, não importa o que seja. Ele fez uma comida boa, brasileira, simples e bem temperada. Bem-feita, mesmo, e com pouquíssimos ingredientes”, disse a chef em entrevista ao Portal da Band.

Henrique Fogaça também exaltou o prato do contador e motorista de aplicativo: “Eu, como bom brasileiro, como arroz e feijão todos os dias. Era uma receita simples, mas foi muito bem executada. E é como a gente diz: o que vence no final é a apresentação e o sabor, e o prato do Halton tinha isso”, disse.

Também em entrevista ao Portal da Band, Erick Jacquin revelou que, assim que chegou ao Brasil, não gostava do clássico PF brasileiro: “Eu odiava farofa, arroz e feijão, porque na França não é comum. Mas, hoje, como com muito prazer, me acostumei com o sabor e gosto”, disse. “Esse prato foi a oportunidade de homenagear a comida que é a base da gastronomia do dia a dia, de quem está em casa, algo que todos gostam”, celebrou.

Até Ana Paula Padrão, apresentadora do talento show, comentou a vitória em entrevista. “É muito simbólico um prato de arroz e feijão ganhar o primeiro MasterChef da temporada, neste momento em que vivemos, mas é a cara do Masterchef. De alguma maneira, o programa se conecta muito com as coisas que estão acontecendo. Quando existem discussões muito fortes a respeito de algum assunto, como a equidade de direitos ou a inquietação nas ruas, elas naturalmente são refletidas aqui dentro”, analisou.

Para Ana, a primeira vitória da temporada ressalta a relevância do programa. “São várias pessoas com experiências diferentes, mas sonhos muito comuns e isso nos conecta com o que está acontecendo no mundo. A gente nunca levantou bandeira propositais aqui dentro, mas elas sempre estiveram presentes de alguma maneira. O que um programa de cozinha tem a ver com movimentos sociais e políticos? Eu não sei, mas tem mágica aqui”, afirmou.

Logo após a avaliação dos jurados, Hailton não conseguiu esconder a emoção e chorou ao relembrar a inspiração para o prato. “Minha mãe fazia muito fígado quando meu pai morreu e a grana faltou”, disse emocionado.