Masterchef

‘A massa do Helton ficou zoada’, afirma André

Para brasiliense, filé mignon Wellington do mineiro ter soltado muita água foi uma falta grave

Vinícius de Melo

André Boratto acreditava que iria voltar à competição
André Boratto acreditava que iria voltar à competição
Carlos Reinis/Band

O servidor público André Boratto quase conseguiu seu avental de volta no MasterChef Brasil após participar da prova de repescagem, em que teve de trabalhar com brasa e fazer uma releitura do prato clássico bife Wellington. O brasiliense apostou em algo diferente, mas não foi o suficiente para agradar os jurados Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin.

"Eu já fiz Wellington várias vezes, inclusive o tradicional, mas aquela couve-flor me olhou com uma vontade que eu fiquei com tesão de cozinhá-la. Como era uma releitura, eu pensei: "Não vou fazer mais do mesmo, vou partir para a couve-flor. Vai ficar saboroso, intenso". E fui com toda a garra para cima dela", disse o cozinheiro amador em entrevista ao Portal da Band.

"Fiquei um pouco chateado com o resultado porque achei que o meu Wellington estava melhor. O filé do Helton soltou muita água, a massa dele ficou toda zoada porque estava tudo molhada e eu achei que isso era uma falha grave, pois ele não fez o selamento direito, nem a envoltura dos cogumelos. Tudo foi feito de uma forma um pouco errada", continuou o servidor público.

"No meu caso, teve um pouco o problema da textura da couve-flor, mas eu não achei que isso era uma falha tão grave. Apesar do talo estar um pouco al dente, ele não estava cru e o restante estava no ponto correto. Além disso, o molho hollandaise estava muito bom. Queria ter ficado mais, queria ter continuado na competição, mas faz parte", completou.

Questionado se pudesse voltar no tempo e mudar o prato, André garantiu que faria a mesma receita. "Ficou muito legal. Eu só teria um pouco mais de cuidado. Fiquei com medo dela ficar muito passada se eu deixasse ela muito tempo no forno. Deixei a couve-flor 10 minutos cozinhando na água e dez minutos no forno, sendo que sequei ela muito bem para não molhar a minha massa. Os chefs falaram que foi o Wellington mais bonito de todos e isso é muito importante", afirmou.

"Eu nem gosto de couve-flor, para você ter uma ideia. Fiquei maravilhado com essa possibilidade de fazer coisas novas e o MasterChef só me trouxe alegria. Vim aqui para realizar um sonho meu, mas também para que a minha mulher tenha muito orgulho de mim e para mostrar para os meus filhos que, quando você tem um sonho, corre atrás e faz tudo dentro da ética, a gente conquista as coisas", continuou André.

"Nem sempre você vai ganhar as competições, nem sempre você vai perder, mas você tem que aprender a jogar. A vida é assim, um dia atrás do outro: cabeça erguida, ética, moral e amor. Aí as portas vão se abrindo. O resto é bobagem", concluiu.

Foi quase!

Capitão na prova em equipe, André Boratto conseguiu levar Marcus Lima e Carlos Augusto à segunda fase da repescagem. Churrasqueiro-nato, porém, o brasiliense ficou insatisfeito com o desempenho do seu trio. "Churrasco é a minha praia e eu me senti totalmente à vontade. Meu sonho era uma prova de churrasco no MasterChef. Foi um sonho realizado. Eu faço churrasco desde menino e estava me sentindo muito bem", contou.

"Fiquei triste por não termos ganhado a prova, queria muito ter ganhado. Acho que a gente errou em algumas coisas em relação aos acompanhamentos: o molho, que era para ter ido na segunda carne, não foi. Foi na terceira. Eu cuidei apena do churrasco, então fiz só as carnes, os aspargos e o cogumelo. O resto não tinha como eu fazer porque eu não tinha mais mão. Fiquei chateado porque eu queria muito ter ganhado essa prova", finalizou.